quinta-feira, 30 de abril de 2009

Vinicius de Moraes e Toquinho

Para a Mostra Cultural os nossos colegas do Jardim III estão desenvolvendo, esse ano, um maravilhoso Projeto sobre a parceria entre Vinícius e Toquinho, confira maiores detalhes no site do Colégio Acquarella.
Nós do 5º ano, estudamos, nos admiramos e nos emocionamos com as biografias desses dois ícones da poesia e música popular brasileiras, relembramos e cantamos juntos algumas das músicas que eles fizeram e então, cada aluno registrou através de desenho e pintura seu entendimento das músicas "As Cores de Abril", "Samba da Rosa" ou a nossa preferida "Aquarela". Os alunos também produziram um resumo biográfico dessa parceria, que durou 11 anos e rendeu mais de 120 músicas. Para finalizar, fizeram a interpretação artística da letra da música "A Arca de Noé", que poderá ser conferida na sala do Jardim III, durante a Mostra Cultural, no final do ano.


Vinicius de Moraes (1913 - 1980)
Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, ou Vinicius de Moraes, nasceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913 e morreu em sua cidade natal em 9 de julho de 1980. Foi um diplomata, jornalista, poeta e compositor brasileiro. Poeta essencialmente lírico, o "poetinha" (como era conhecido) ficou famoso pelos seus sonetos, forma poética que se tornou quase associada ao seu nome.
Filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes (funcionário da Prefeitura, poeta e violonista amador) e Lidia Cruz de Moraes (pianista amadora), Vinicius de Moraes, já compunha versos ao cursar os estudos secundários. Em 1930, ingressou na Faculdade Nacional de Direito, onde conheceu e se ligou a nomes que se destacariam no panorama intelectual e político brasileiro, como Otávio de Faria, San Thiago Dantas e Plínio Doyle. Formou-se em 1933, mesmo ano em que lançou seu primeiro livro de poemas, "O Caminho para a Distância". Não se dedicou muito tempo à advocacia, ingressando no Ministério da Educação para exercer o cargo de censor cinematográfico. Em 1938, porém, recebeu uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesa na Universidade de Oxford. Ainda na Inglaterra, casou-se com Beatriz Azevedo de Melo. Voltou ao Brasil em 1939, devido ao início da Segunda Guerra Mundial.

Passou longa temporada em São Paulo e, voltando ao Rio de Janeiro, começou a colaborar na imprensa. Nessa época, já era reconhecido como poeta e desenvolvera amizade com vários nomes importantes de nossas letras, como Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.
Em 1943 ingressou na carreira diplomática, seguindo três anos depois para Los Angeles (EUA) como vice-cônsul. Serviu também em Paris, Montevidéu e novamente Paris. Durante esse tempo, publica diversas obras e casa-se pela segunda, terceira e quarta vez.
Além da carreira diplomática, em que atuou até o final de 1968, Vinícius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", obra de 1954. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinícius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime. Também exerceu intensa atividade na área de cinema, teatro, poesia e música. Em 1969, foi
exonerado do Ministério das Relações Exteriores pelo regime militar e se casou com Cristina Gurjão. No ano seguinte, casou-se com a atriz baiana Gesse Gessy e iniciou sua parceria com o violinista Toquinho, que iria continuar até o fim de sua vida. Com o parceiro, excursiona pelo Brasil e pela Europa.
Durante a década de 1970, compôs muito, fez vários shows e casou-se ainda mais duas vezes. Em 1979, na volta de uma viagem à Europa, sofre um derrame a bordo do avião. Morreu aos 67, de edema pulmonar, em sua casa, na companhia de Toquinho e da última mulher, Gilda Queirós Mattoso.
No enterro, consolada pela cantora Elis Regina, Gilda recordava a noite anterior, quando, em uma entrevista, perguntaram a Vinícius: "Você está com medo da morte?". E o poeta, placidamente, respondeu: "Não, meu filho. Eu não estou com medo da morte. Estou é com saudades da vida".


Fontes: http://educacao.uol.com.br/biografias

http://viniciusdemoraes.com.br/

http://www.musicapopular.org




Toquinho (1946 - )

Antonio Pecci Filho nasceu em 6 de julho de 1946, na cidade de São Paulo. Apelidado de “Toquinho” pela mãe, apelido este que o acompanharia durante toda sua vida artística. Interessado pelo violão começou a tomar aulas desde os primeiros anos de sua adolescência. Aprendiz do violonista Paulinho Nogueira, acumulou conhecimento para o solo e acompanhamento, depois de buscar outras influências como de Oscar Castro Neves, Isaias Sávio e Léo Peracchi.

Consolidando admirável experiência técnica, começou a se apresentar em colégios, faculdades e clubes. No período em que deu os primeiros passos de sua carreira profissional, não sabia que conviveria com uma safra de grandes cantores, instrumentistas e intérpretes. Entre seus colegas de profissão estavam Elis Regina, Marcos Valle, Zimbo Trio, Tayguara e Chico Buarque. Em uma época de grande efervescência cultural, Toquinho participou de diversos espetáculos e peças musicais.

Nos primeiros projetos conheceu o letrista Chico Buarque, que foi o primeiro a colocar uma letra em um de seus arranjos. Dessa união surgiu a música “Lua Cheia”, que foi registrada no disco “Chico Buarque – Volume 2”. No ano de 1966, abriu espaço para a divulgação de seu trabalho instrumental com a gravação do LP “O violão de Toquinho”. No ano de 1969, fez uma turnê pela Itália em parceria com Chico Buarque. O sucesso de suas apresentações lhe propiciou a gravação do disco “La Vita, Amico, É L'Arte Dell'Incontro”. Neste disco revisitou as obras do poeta Vinicius de Moraes, que teve seus poemas musicados e gravados por artistas italianos como Giuseppe Ungaretti e Sergio Endrigo. A homenagem atraiu a atenção do próprio Vinicius de Moraes, que o convidou para uma temporada de shows na Argentina ao lado da cantora Maria Creuza. A partir de então, o dueto Toquinho e Vinicius empreendeu uma extensa parceria que marcou a trajetória da música brasileira. A parceria rendeu discos e temporadas de shows memoráveis entre os especialistas e críticos de arte da época. No ano de 1979, o show “Dez anos de Toquinho e Vinicius” celebrou a amizade e intercâmbio musical desses artistas. Ao longo da década de 1980, alcançou notório prestígio musical, tendo sua arte reconhecida internacionalmente. Nessa mesma década participou do afamado Festival de Montreux. No ano de 1983, Toquinho passou a explorar uma nova vertente em sua trajetória musical. O disco “Casa dos Brinquedos” inovou esteticamente por tratar única e exclusivamente do universo infantil. Três anos mais tarde, produziu um disco de 10 faixas que tematizou a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Desde então, as crianças ganharam grande prestígio em seu trabalho musical. Nos últimos anos, Toquinho conseguiu consolidar uma carreira estável marcada por diversos projetos de prestígio. Ainda hoje, ele é referência para novos intérpretes e instrumentistas que iniciam sua carreira musical.

Fontes: http://www.brasilescola.com/Por Rainer Sousa

http://www.toquinho.com.br/

http://www.musicapopular.org